6.20.2012

you were ...

Já passou muito tempo , verdade ? Tanto que não sei ao certo quanto ...
Lembro-me de como era , de como éramos . Por alguma razão sinto-me na obrigação de usar o pretérito quando falo de ti . Por um lado porque não estás efectivamente no meu presente , e por outro porque acho que a minha vontade é que fiques preso a esse tempo e não evidencies o rumo que a minha vida tomou , sem ti . De súbito tudo mudou e a verdade é que ambos nos apercebemos disso , mas nenhum conseguia justificar ou contrariar esse acontecimento. Era algo totalmente exterior a nós, mas que ao mesmo tempo nos abrangia. E daí para a frente, como se todas as nossas atitudes fossem voluntárias mas não intencionais, fomos destruindo a relação que custou anos a erguer-se tão forte. Pensava que estávamos já efectivos, mas uma viagem repentina levou-nos até o outro pólo: o ódio, e era mesmo impossível esconder a antítese entre a nossa amizade no passado e a que tínhamos naquele momento. Era realmente de louvar termos passado do nascer-do-sol para o pôr-do-sol em menos tempo do que a natureza o faz. Só desejava que o tempo passasse e que com ele acabassem todas as cirunstâncias que me faziam estar contigo quase diariamente, e assim foi . Quando me recordo de ti no passado, diversas qualidades e sentimentos agradáveis surgem na minha memória, mas quando penso na pessoa que és agora ... és somente alguém que eu costumava conhecer .

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